Salvador aposta no potencial da Baía de Todos-os-Santos para atração de turistas e investimentos

Demonstrando vocação para o futuro desde que fora avistada em expedição exploratória comandada pelo florentino Américo Vespúcio, no Dia de Todos os Santos de 1501, a baía homônima, que adorna o frontispício da velha Salvador, celebra mais um ano nesta quarta-feira (1º) e continua servindo de inspiração para as perspectivas de avanço socioeconômico da capital baiana. Por meio de ações que visam a utilização completa das águas e ventos da região para atração de investimentos, tecnologia e turistas, desaguando na geração contínua de emprego e renda, a Prefeitura aposta em diversos projetos para fortalecer os setores da economia náutica, atuando diretamente na economia, infraestrutura e promoção turística do local.

Dentre as iniciativas já anunciadas para promover o turismo no setor está o Salão Náutico Salvador com Grand Pavois, tradicional evento de barcos da Europa, que acontece há 51 anos na cidade francesa de La Rochelle. O salão será realizado na Bahia Marina, entre os dias 14 e 19 deste mês, no bairro do Comércio, representando uma oportunidade de Salvador reunir milhares de pessoas de todo o mundo, tornando-se uma referência no setor náutico.

As iniciativas para fomento econômico envolvem ainda o SAC Náutico, inaugurado em outubro último no Doca 1, no Comércio, com o objetivo de fomentar a economia do mar, favorecendo a atração de investimentos, a melhoria do ambiente de negócios e a intensificação da geração de emprego e renda neste setor. A iniciativa é uma aposta para gerar atrativos econômicos visando trazer investimentos para a cidade.

No quesito capacitação profissional, está sendo promovida a Trilha Náutica de Capacitação, com cursos gratuitos voltados para a atividade no mar, dentro do programa Treinar para Empregar, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec).

Além disso, a Prefeitura projeta ações pontuais, como ações de Arqueologia Subaquática, e a limpeza do Canal da Ribeira até a Enseada dos Tainheiros, para aumentar o calado e permitir atracação na maré baixa, o que hoje é impossível, devido ao assoreamento do local. A limpeza do canal facilitará o acesso para toda a Baía de Todos-os-Santos e as ilhas de Maré e Frades.

Também está prevista a construção de nove rampas para jet ski e pequenas embarcações, em toda a orla da capital. No radar ainda estão a implantação de estaleiros para o desenvolvimento da cultura náutica em Salvador, investimentos no comércio, cultura, esportes, gastronomia e engenharia no setor, e criação de toda infraestrutura necessária, como piers e marinas, para mostrar que a cultura náutica é uma importante atividade para gerar emprego e renda, através da Baía de Todos-os-Santos, a partir de ferramentas para atrair investimentos e ainda mais turistas para a região.

“Quando se fala em exploração econômica da Baía de Todos-os-Santos, é preciso considerar aspectos turísticos e econômicos, buscando saber o que esses visitantes vêm fazer na região. Também é importante ressaltar que grandes heróis ligados ao esporte acabam impulsionando o turismo e a atração de investimentos para seus locais de origem, a exemplo dos irmãos Grael e de Amyr Klink. Aqui temos medalhistas olímpicas como Ana Marcela e Edvaldo Valério, além do velejador Aleixo Belov, que são grandes referências”, explica a coordenadora do Salão Náutico de Salvador, Eliana Dumet.

Breve histórico – A Baía de Todos-os-Santos já foi considerada o maior porto da América do Sul, sendo a principal responsável pela maior parte do escoamento da produção agrícola brasileira nos tempos de colônia e império, até o surgimento das grandes rodovias. Cinco séculos após ser revelada para o mundo, a região apresenta uma diversidade de ambientes a explorar, com inúmeras praias, 56 ilhas, rios, manguezais, corredeiras e quedas d’água em uma área de 1 052 km². Com um contorno de quase 200 km de extensão, 13 municípios concentram vasta produção econômica, tendo sido fator decisivo para a ocupação e exploração do Brasil colonial.

Reportagem: Eduardo Santos/Secom PMS 

Foto: Secom

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