Procuradoria Geral do Município discute protagonismo da mulher negra

“Como é ser mulher negra no Brasil? ”. Através deste questionamento, a Procuradoria Geral do Município do Salvador (PGMS), por meio do Núcleo Interno do Programa de Combate ao Racismo Institucional (PCRI), realizou uma ação em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, nesta terça-feira (8). O evento, ocorrido na sede da Associação dos Procuradores Municipais de Salvador (APMS), na Rua Chile, reuniu cerca de 100 servidoras municipais, que assistiram a uma palestra sobre “A Mulher Negra Enquanto Protagonista Dentro da Sociedade Brasileira”.

Ministrada pela advogada da PGMS e membro do Núcleo Interno do PCRI, Vanessa Santos, a palestra falou sobre a importância de celebrar o dia 8 de março, além de destacar a busca por uma sociedade igualitária e justa. Durante o evento, Vanessa ressaltou a luta pela valorização da mulher negra, inserção feminina no mercado de trabalho, igualdade de salário e feminismo negro.

A presidente da APMS, Maria Amélia Machado, falou sobre o objetivo do evento, que destacou as conquistas femininas de direitos civis, trabalhistas e sociais ao longo dos anos. “Nós temos o prazer de apoiar um evento como esse, que traz uma temática tão relevante. Nós, enquanto procuradoras, somos maioria e, de um modo geral, no serviço público, atendemos uma população majoritariamente feminina. Então, nós já possuímos um lugar de destaque natural. Esses debates fortalecem a acessibilidade e entendemos que somos múltiplas”, declarou.

A procuradora do município, membro do núcleo interno do PCRI e vice-presidente da APMS, Lilian Azevedo, ressaltou a importância de discutir o protagonismo negro na cidade de Salvador. “Sou uma das poucas negras da carreira e apesar de ser em uma cidade como Salvador, com a maioria da população negra, essa é uma realidade difícil. Precisamos saber onde estão as mulheres negras, quais os espaços elas estão ocupando. Então, nossa proposta é construir uma cidade democrática e entendemos que, para isso, precisamos combater o racismo estrutural”.

A servidora Larissa Almeida de Araújo, de 41 anos, avaliou de forma positiva a iniciativa. “O dia da mulher é todo dia, mas a gente ter uma data de destaque é importante para lembrarmos de pautas relevantes, que nos trouxeram a este lugar e nos permitiu chegar onde a gente chegou. Obviamente que ainda temos barreiras, ser mulher não é fácil, mas é gostoso e compensador. E debates como esses são relevantes e necessários”, finalizou.

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